Será que o período de confinamento e mudanças que vieram com a chegada da pandemia, vai prejudicar o desenvolvimento da aquisição da linguagem dos bebês e das crianças, no geral? É sobre isso que vamos falar neste conteúdo!
A comunicação, a fala e a linguagem
Antes de iniciarmos o conteúdo, de fato, é importante pensarmos, mesmo que brevemente, sobre a diferença entre esses conceitos, que é algo que ainda gera dúvidas.
Embora semelhantes, é interessante que você saiba que cada um tem suas particularidades.
A linguagem e a fala, por exemplo, estão dentro da comunicação. A linguagem é um sistema mais abrangente, se refere a toda a forma de comunicação, que pode ser verbal (a fala) e não verbal – que são os gestos, sons, imagens, a escrita.
O bebê começa se comunicando através do próprio corpo. Por exemplo, é comum ouvirmos que as mães têm a habilidade de reconhecer a diferença entre os choros dos seus filhos (“esse é de fome”, “esse é sono”, “aquele é fralda cheia”, e assim vai). E isso nos mostra a riqueza desses gestos e desses sons comunicativos.
Ou seja, é também uma forma de comunicação.
No entanto, para nos comunicarmos nós precisamos de um outro. E no início do desenvolvimento, como no caso dos bebês, ter um outro atento e acolhedor ao que o bebê diz, pede e precisa, é fundamental. É necessário. Ou melhor, é vital.
E depois, com o passar do tempo, os bebês, que são muito perspicazes, vão se dando conta que essa comunicação tem um certo poder, porque eles comunicam e são atendidos.
E é importante entendermos que a comunicação tem essa importância de poder, no melhor sentido da palavra, porque a comunicação gera vínculos. Comunicação tem impacto social e cognitivo.
E, ainda mais nesse momento em que estamos vivendo, esse é um assunto que gera apreensão. E com razão, porque a fala e a linguagem são marcadores importantíssimos no desenvolvimento das crianças e as dificuldades que por ventura apareçam são umas das primeiras que nos chamam a atenção.
“Afinal, como a pandemia pode impactar no desenvolvimento do meu filho?”, é um pensamento bem recorrente das mães que estão passando por esse período.
Por outro lado, no meio de tanta coisa, também há quem nem sequer tenha parado para pensar e refletir sobre isso. Mas faremos isso agora.
Desenvolvimento da linguagem: questões para refletir
Há questões importantes de serem pensadas e levantadas, como:
– Será que esse período de confinamento vai prejudicar o desenvolvimento da aquisição da linguagem dos bebês?
– Será que aqueles que já começaram a falar podem ter alguma regressão nessa área?
– E as crianças em idade escolar? Estão se comunicando mais ou estão mais quietas? Que impacto isso terá na aprendizagem dos filhos?
As questões são amplas, mas as respostas são singulares: não temos como prever.
Sendo assim, a orientação que deixamos é para que estejamos todos atentos. O primeiro passo é sempre observar o seu filho e, dentro dessa observação, destaca-se a escuta.
Ou seja, além de observar, escute os seus filhos.
Não apenas no quesito de troca dialógica, mas quando um fala o outro precisa parar para escutar. Como falamos, isso é fundamental.
No entanto, escuta também se refere ao conteúdo. A criança tem um papel ativo na sua aprendizagem, por isso a importância de criar espaços de escuta e perceber o que eles têm a nos dizer. Mesmo os que ainda não falam ou falam pouco.
O brincar, por exemplo, também é uma forma de linguagem, de expressão. Então existe um espaço riquíssimo de observação. Já para os maiores é possível pensar nas brincadeiras, nos jogos, em todas as trocas possíveis.
E, além de tudo isso, os momentos de silêncio também são importantes. Além de valorizados, eles devem ser observados, aproveitados e interpretados.
A hora de agir
Trabalhar as próprias emoções e expectativas é importante durante o momento que estamos vivendo.
Agora, já com grande parte da população sendo vacinada e o retorno cada vez mais à “vida como ela era”, as coisas tendem a voltar ao normal e, aos poucos, estamos retomando a rotina em segurança.
No entanto, a pandemia pode ter gerado algumas “sequelas” na comunicação e no diálogo das crianças. E, ao notar isso e estar atento ao desenvolvimento da linguagem, é importante que os pais pensem em buscar uma opinião e também um apoio de um profissional.
Quando falamos em fala e comunicação, o fonoaudiólogo é o profissional ideal para trabalhar com as crianças, mas também em conjunto com o ambiente familiar e escolar.
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*Conteúdo inspirado em áudio enviado no grupo “Mães em Tempos de Crise”, pela fonoaudióloga Cássia Taiana Cavalheiro dos Anjos, CRF 7-9276.