CANTINHO DO PENSAMENTO X CANTINHO DA CALMA

Pais e mães constantemente usam o cantinho do pensamento quando os filhos fazem algo errado, mas você conhece o cantinho da calma? Saiba o que são, qual a diferença e o que funciona melhor.

Cantinho do Pensamento

O cantinho do pensamento tem como objetivo fazer com que a criança pare um pouco e pense, reflita sobre o seu comportamento, sobre aquilo que fez de errado.

No entanto, na prática, isso é bem difícil de acontecer e não passa de uma expectativa e uma solução mágica dos adultos para lidar com seus filhos quando as coisas não saem como eles esperam.

E por que não funciona? Porque as crianças não possuem a habilidade de se acalmar, refletir e então tomar uma decisão para resolver um problema, que é o que chamamos de funções executivas (e essas são habilidades que se desenvolvem até o início da vida adulta, ou seja, as crianças não nascem com essas habilidades).

Por isso, pedir para uma criança ir pensar no que aconteceu de ruim ou errado só vai causar um sentimento de isolamento e rejeição. Além disso, é bem provável que durante o tempo no cantinho do pensamento ela pense no quanto a mãe ou o pai foi cruel com ela. 

Resumindo: o cantinho do pensamento não é eficaz para a mudança comportamental porque não promove nenhum tipo de aprendizagem sobre como melhorar o que está errado.

Cantinho da Calma

Agora o cantinho da calma, que é outra opção, aposta em uma disciplina positiva.

Esse cantinho da calma consiste na criação de um espaço onde a criança possa aprender a se acalmar para então ter mais recursos para resolver problemas.

O cantinho da calma é um espaço para desenhar, ler e para brincadeiras tranquilas, e pode ser construído junto com as crianças em um momento de tranquilidade e interação com os pais, cuidadores, professores, terapeutas.

A indicação é que tudo seja explicado e combinado com a criança sobre este cantinho e sua função. 

Como construir o cantinho da calma?

É interessante escolher atividades que a criança goste e que se acalme. 

Podem ser escolhidos objetos que ajudem nesse momento, como um bichinho de pelúcia, um livro, um travesseiro, enfim, a ideia central é uma só, mas a forma de construção desse cantinho é livre.

Inclusive a escolha do nome desse local pode ser mudado, o que pode ser decidido juntamente com a criança, fazendo com que ela participe das decisões.

Qual a principal diferença?

Dito isso, a principal diferença entre o cantinho do pensamento e o cantinho da calma é que o segundo não tem uma função punitiva. Pelo contrário, ele possibilita o aprendizado de funções muito importantes do controle inibitório, como autocontrole, autorregulação das emoções, resolução de problemas e autonomia. 

Muita gente ainda usa o cantinho do pensamento e tem muita gente que defende esta técnica, mas é interessante saber que existe essa outra opção – o cantinho da calma – que pode ser muito mais positiva para todos, sendo um caminho mais alinhado com a educação afetiva. 

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*Conteúdo inspirado em áudio enviado no grupo “Mães em Tempos de Crise”, pela psicopedagoga Michele Kanan Ruecker.

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