Na linha dos desafios de se comunicar melhor, que é uma dificuldade para muitas pessoas nos dias de hoje, mesmo com todos os avanços da tecnologia, queremos chamar a atenção para os idosos.
Principalmente com o desafio da pandemia, esse público vem, no geral, ficando mais recluso e só. Por isso, é importante trabalharmos o nosso olhar sobre essa questão, como forma de ajudá-los.
Comunicação, idosos e quarentena
Nessa quarentena muito tem se falado sobre o cuidado redobrado com os idosos, pois são considerados grupo de risco para o covid, mas o isolamento tem gerado neles um maior sentimento de solidão.
Manter uma comunicação ativa com os idosos pode ser uma alternativa para amenizar essa situação.
Nesse processo, ter uma escuta ativa e empática, mesmo que seguindo o distanciamento – seja até mesmo auxiliando-os com a tecnologia – é muito importante.
Quanto mais dependente for o idoso, maior a dificuldade dele expressar o que deseja e consequentemente pode ir se sentindo mais isolado.
Alguns talvez já estejam iniciando um processo demencial, outros com dificuldades auditivas ou com algum declínio cognitivo. Então, conhecer essas dificuldades já nos dá uma orientação de como ter uma comunicação mais efetiva.
Comunicação não é só fala
Vale lembrar que se comunicar não envolve apenas um dia de conversa, há muitas formas de fazer isso, presencialmente e à distância.
A comunicação vai além da fala.
Para alguns, a própria escrita pode ser uma alternativa, seja através de mensagens de texto, cartas ou outros tipos de mensagens. Afinal, há aqueles que são tecnológicos e outros que não – e é importante pensar em como alcançar a todos.
Outros também adoram música. O que pode ser uma via de entrada para facilitar o diálogo. Para outros a leitura também pode ser uma forma de se sentirem acolhidos.
Ou seja, há muitas formas de se fazer presente e se manter conectados.
Além disso, vale também buscar evitar ambientes com muita repetição sonora ou ruídos, no momento da conversa. Seja pessoalmente, em lugares mais calmos, ou através da gravação de um áudio, esses cuidados fazem a diferença para facilitar a comunicação.
Dependendo do nível de compreensão indicamos que usem frases simples ou sejam objetivos. Falar de uma maneira mais pausada também pode ajudar.
Todos queremos ser ouvidos
Pensando na comunicação, vale lembrar da importância de valorizar e dar atenção para o que os idosos têm a dizer.
Alguns adoram contar histórias e falar sobre a sua vida. Mesmo que seja um assunto que você já ouviu, abra-se para escutá-los sempre que possível, mesmo que repetidamente. Isso aquece o coração – seu, e deles.
Outras dicas de comunicação é procurar chamá-los sempre pelo nome e não infantilizá-los.
Também valorize suas opiniões nas decisões da família.
A tecnologia como aliada
Um recurso que não é novidade pra ninguém é o da tecnologia.
Estamos todos nos beneficiando dele pra encurtar a distância. Os idosos mais ativos tiram de letra, mas os que não são tão familiarizados vão precisar de um auxílio.
Mas uma coisa é certa: o telefone pode ser um aliado importante para que eles não se sintam tão isolados.
Para isso, vamos disponibilizar aqui um material rico, elaborado por profissionais da Universidade Federal do Espírito Santo, com várias dicas que espero que possam complementar e auxiliar vocês, sobre Orientações Promotoras de Vida Saudável Para Idosos.
Espero que, assim como esse conteúdo, este material acima também te ajude.
Caso tenha alguma dificuldade, não hesite em contar com nossos fonoaudiólogos da Clínica de Multiespecialidades InsightOn, de maneira virtual ou presencial (em Porto Alegre/RS).
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Até o próximo conteúdo!
*Conteúdo inspirado em áudio enviado no grupo “Mães em Tempos de Crise”, pela fonoaudióloga Cássia Taiana Cavalheiro dos Anjos, CRF 7-9276.
