E-book – Espelho, espelho meu: quem sou eu?

Reflexões sobre ser homem e mulher na contemporaneidade

1)Afinal de contas, o que é ser homem ou mulher?

Por que é importante falar sobre gênero e sexo biológico quando se trata de saúde mental? Mesmo que no cotidiano você não pense nisso o tempo todo, essas questões estão muito presentes na sua vida. Elas dizem respeito a forma com que você se relaciona com as outras pessoas e consigo mesmo. Para entender melhor esse assunto, é importante diferenciar ao menos dois conceitos: sexo biológico e identidade de gênero. Ainda que normalmente se pense esses termos como tendo o mesmo significado, eles apresentam grande diferença entre si. Sendo assim, neste texto você conhecerá cada um deles, iniciando pelo conceito de sexo biológico.

Este fala sobre a anatomia do corpo ao nascimento. Exatamente como o próprio nome diz, refere-se àquilo que o médico encontra como genitália no corpo do bebê que permite ao profissional chamá-lo de menino ou menina. O sexo biológico não necessariamente definirá o gênero desse sujeito.

Mas afinal o que é identidade de gênero? Diferentemente do sexo biológico, a identidade de gênero conecta-se diretamente a construções sociais. Ao longo do tempo, cada sociedade constrói noções próprias sobre o papel, função, comportamento, etc.. de cada sexo biológico (homem e mulher). Em nossa sociedade, por exemplo, espera-se que as mulheres sejam mais acolhedoras, maternais e carinhosas; dos homens, espera-se que sejam agressivos, tenham mais iniciativa e falem menos sobre seus sentimentos. Todas essas definições baseadas no sexo de alguém sustentam determinados papéis a serem obedecidos por qualquer membro da sociedade. A rigidez com que se exige que todos se encaixem nesses papéis muitas vezes torna-se fonte de significativo sofrimento emocional. Por quê?

Ora, se vamos entendendo que os dois termos, sexo biológico e identidade de gênero são conceitos diferentes, é possível pensar que os comportamentos esperados e referenciados ao gênero tornam-se ordens a serem obedecidas. Um dos maiores exemplos disso são determinadas frases, tais como “homens não choram”, que muito cedo são ensinadas para as crianças. Frases como essa impactam diretamente a forma como cada pessoa constrói seu mundo interno. Elas transmitem uma mensagem que por vezes pode gerar efeitos não esperados. “Homens não choram”, indiretamente, afirma que quem nasceu com o sexo biológico masculino, para ser homem não pode jamais chorar. Para cumprir com esse papel social, muitas vezes os homens não se conectam aos seus sentimentos; fecham-se em si mesmos e dificilmente falam sobre as coisas que os angustiam. O papel social ordena-os a serem sempre fortes e, para isso, nunca podem ser vulneráveis. Fechados em si, sofrem muitas vezes sem se autorizarem a pedir ajuda.

O mesmo também ocorre com as mulheres. Espera-se, por exemplo, que toda mulher ao chegar perto dos trinta anos de idade, tenha filhos. Perguntas tais como “então, quando vem os bebês?” ditas inocentemente em festas de família, por exemplo, criam uma ordem forte o suficiente para gerar sofrimento psíquico. Afinal e se esta mulher não quiser ter filhos? Para ser mulher então é necessário esse desejo pela maternidade?

Felizmente vive-se em uma época em que é permitido pensar essa conexão entre o sexo biológico e a identidade de gênero de forma mais flexível. Isso é, é possível ter espaços como os de terapia para que essas ordens referentes aos papéis de gênero esperados percam um pouco sua intensidade, abrindo espaço para a subjetividade de cada um. Por exemplo, um homem não será menos homem se chorar e uma mulher não será menos mulher se não desejar ter um filho.

2)Machismo é palavrão?

Ao falarmos no machismo, logo vem à mente a palavra preconceito, e uma série de problemas em formato de outras palavras. Podemos pensar na desigualdade dos direitos entre homens e mulheres, a violência expressa de diversas formas, bem como outros efeitos. Mas, de fato, você sabe o que é, como se expressa no dia a dia, e de que forma afeta todos nós?

Bom, que tal iniciarmos refletindo sobre a forma como a nossa sociedade construiu o pensamento de homem e mulher? Podemos pensar desde a Era das Pedras, nesta época nos constituímos com papéis bem definidos, onde o homem era o responsável por prover a alimentação da família, e para isso ele saia de casa para caçar. Já a mulher era a responsável pelos cuidados, então devia ficar em casa para cuidar do lar e dos filhos. O homem das cavernas tinha uma carga grande, onde diariamente colocava sua vida em risco para alimentar sua família, e como consequência, a mulher deveria ser grata por estar sã e salva em casa com os filhos, e portanto devia servir e facilitar a vida do homem. Vamos pular ao século XXI? O que ainda carregamos deste modelo? O homem segue culturalmente com um lugar no topo da hierarquia familiar, como o provedor da família, mesmo com a mulher inserida no mercado de trabalho, ainda há uma cultura que o homem deve sustentar a casa, pelo menos grande parte dela. As consequências deste modelo é uma sobrecarga da mulher no dia a dia, pois ela fica com os resquícios da mesma história, então ela tem um peso maior em cuidar da casa e dos filhos, para além do trabalho. Além das questões culturais que ainda carregamos, há outras – diversas – formas em que o machismo se expressa no nosso dia a dia, e é nelas que vamos nos ater, nas duas formas principais: o machismo estrutural e o velado.

O machismo estrutural possui um legado que destrincha para a toxicidade, ou seja, são meninos criados para se tornarem homens dominadores, agressivos, brutos. Já o machismo velado, é uma forma sutil de expressão, pode ser feito através de piadas de mal gosto como “vai ficar chorando que nem uma menina?” ditas a um menino. Aliás, neste momento eu te pergunto: Quem disse que há brincadeiras para meninos e outras para meninas? Por quê um menino não pode brincar de ser pai de um boneco? Ou então, uma menina não pode brincar com carrinhos? Ou então, qual o motivo de vermos um cabelereiro e já associá-lo como gay? Percebe como as heranças culturais nos atravessam e nem questionamos? Reproduzir o machismo velado no nosso dia a dia é mais comum do que pensamos, pois pensar sobre o tema é exatamente o que nos falta.

A partir deste simples cenário, que tal seguirmos pensando sobre as consequências que temos do machismo para ambos os sexos? Falamos sobre a forma mais caricata que é através da agressividade (verbal, física, emocional), dos privilégios do sexo (remuneração maior, baixíssima cobrança quanto aos cuidados da casa e filhos), também falamos das formas mais brandas que aparecem através das brincadeiras de mau gosto, assim como heranças da forma de pensar. Agora, que tal refletirmos sobre as consequências destes atos para ambos os sexos? É triste pensar que há pessoas que não possuem o direito de chorar e até de sentir medo, pois será considerado fraco ou menos homem. Assim como é mais triste ainda ter medo de pegar um Uber sem ter certeza que chegará bem em casa simplesmente por ser mulher. Vamos ver outros exemplos? Um homem não ter o direito de querer se dedicar à criação integral do filho enquanto e a mulher trabalha, pois é visto como fracassado e incompetente, além da mulher ser vista como burra que sustenta marmanjo. Já pensou que o homem tem que dar conta do seu papel másculo e viril, tendo que sempre estar disponível sexualmente ou é questionado? Ele também tem que saber sobre eletricidade, mecânica, marcenaria, entre outros.  Não é fácil, né?

Vale lembrar que o machismo é uma forma de pensar e agir, é o preconceito exposto em palavras e atos, e que não é exclusivo dos homens. Contudo, apesar dos homens sofrerem também com o machismo, como observamos em vários exemplos citados ao longo do texto, são as mulheres que seguem sendo as maiores vítimas.   Por fim, gostaria de ressaltar que antes de sermos homens ou mulheres, nós somos seres humanos. Estas situações todas citadas, nos mostram como o machismo mata a liberdade e o sonho de muitos homens, e pior ainda, como pode literalmente matar uma mulher por não corresponder com o padrão que a sociedade acredita ser o normal. A partir disso, te convido a refletir sobre as manifestações em maior e menor grau que você sofre, vivencia e/ou pratica, pois somente podendo pensar e falar que podemos mudar essa realidade.

3)Será que feminismo é coisa só de mulher?

Ser mulher não é fácil! Ou, pelo menos, é isso que escuta desde cedo uma pessoa que nasce com o sexo feminino. Muitos são os estereótipos atribuídos ao gênero feminino. Dizem que é o sexo frágil, mas também exigem que precisa ser maternal, cuidadora e recatada. Quantas vezes você pode ter ouvido frases do tipo: “mulher deve ser bonita, mesmo que precise sofrer para isso”, “mulheres são fofoqueiras”, “tem que casar, ser mãe, se não tiver filhos não é completa”, “precisa ser magra”, “ se o marido está desarrumado é porque não tem uma boa esposa”, “mulher que veste essa roupa quer ser abusada” ou outras nessa linha. Você já parou para pensar o quanto esses preconceitos – mesmo que em tom de brincadeira – geram sofrimento? Quantas vezes você já se perguntou se o que estava fazendo seria adequado para uma mulher?

Pois é, tudo isso são construções de gênero, desenvolvidas em uma sociedade predominantemente machista. Esses papéis são atribuídos à mulher e vão se incorporando à sua maneira de ser, pensar e agir no mundo. É curioso que atualmente, mesmo que as mulheres atuem no mercado de trabalho, busquem autonomia e sejam independentes, ainda se pense que é um papel feminino cuidar da casa e fazer atividades domésticas, persistindo aquela imagem de antigamente. Muitas vezes esse processo é tão sutil que não se faz uma crítica do quanto essas imposições incomodam e afetam a identidade feminina. O resultado são homens e mulheres machistas que reproduzem e reforçam esse discurso frente aos seus filhos, companheiro (a) e sociedade, mesmo que não obtenham nenhuma vantagem nisso.

É nesse contexto que entra o Feminismo, que é basicamente um movimento em busca da igualdade de direitos entre homens e mulheres. Mas não é só isso, é também um questionamento desses estereótipos sociais impostos. Diferente do que muitos pensam, feminismo não é o contrário de machismo, e sim uma luta para que a mulher possa ser livre para escolher o modo de vida que a faça feliz, sem estar preocupada em agradar o homem, a sociedade ou a quem quer que seja. Você não precisa participar de movimentos sociais para ser feminista, nem é algo exclusivo para mulheres, no sentido do sexo biológico. Homens podem ser feministas, mulheres trans podem ser feministas, etc. Enfim, feminismo é um modo de pensar que procura questionar a ideia preconceituosa e dicotômica de que a mulher precisa servir ao homem, de que um sexo ou gênero é inferior ao outro.

Você gosta de ballet, crochê, corte e costura, cozinhar, esperar o companheiro ou companheira com comida na mesa, e faz isso por que realmente gosta, não por imposição social? Ótimo, você está sendo feminista. Adora cerveja e futebol, detesta comédia romântica, não leva jeito com crianças, passa longe dos salões de beleza? Legal, nem por isso você deixa de ser feminina.

De fato existem vários aspectos que caracterizam o universo feminino, desde o modo de se vestir, constituição física, modo de pensar e agir no mundo, tipos de preocupações, etc, que são diferentes das construções do gênero masculino. Com exceção do aspecto biológico, da constituição física, as construções de gênero femininas dependem da cultura em que se vive. Ser mulher em países orientais é bem diferente de ser mulher em países ocidentais. Bem como, mesmo no Ocidente, existem diferenças entre cada país ou região. Tudo isso depende muito dos fatores históricos e culturais daquele lugar e daquela população.

No mundo ocidental, por exemplo, os conceitos de identidade feminina foram historicamente construídos em uma sociedade machista, em que ser mulher significava ser submissa, meiga, ingênua, maternal, habilidosa com prendas domésticas, precisava “guardar sua virgindade” e “pertencer a um homem só”. Uma mulher que fugisse desses padrões era caracterizada como louca, masculinizada, “que precisava de sexo”, fofoqueira, geradora de intrigas. Enfim, os padrões estabelecidos eram, e por vezes ainda são, rígidos, concretos, com poucas possibilidades às mulheres.

Ao pensarmos nas conquistas históricas das mulheres no Brasil, tudo é ainda bastante recente. Você sabia que o voto feminino só foi promulgado em 1932, mas até 1934 as mulheres casadas precisavam de autorização do marido para votar? E que entre 1941 e 1983 as mulheres eram proibidas de jogar futebol? E que até 1962 as mulheres casadas precisavam de autorização do marido para poderem trabalhar, abrir conta em banco, viajar ou abrir um comércio? E que até hoje, 2020, existe uma lei que veda o emprego de mulheres em algumas atividades como as que demandam o levantamento de cargas superiores a 20kg?

O histórico de luta pelos direitos das mulheres já existe no mundo, pelo menos, desde o século XV, quando muitas que resistiam às imposições da igreja, eram consideradas bruxas e acabavam morrendo na fogueira. Ao longo dos anos as lutas foram mudando, novas conquistas foram sendo reivindicadas. Mas a ideia é mostrar que algumas conquistas femininas, mesmo aquelas que parecem simples hoje, um dia pareciam impossíveis.

Mas, o que significa ser mulher hoje? É claro que a partir de todas essas conquistas, e das que virão, as definições tornaram-se muito mais complexas, com maiores possibilidades de identificações, formas de expressar-se e de inserção na sociedade. Essa ampliação de possibilidades, por vezes, pode desencadear sentimentos de confusão e inquietações. Por outro lado, permitem vivências mais maduras e saudáveis, que oportunizam às mulheres desenvolver identidades mais autênticas, que respeitam suas particularidades e diferenças.

4)A violência também mora em mim?

 

Violência. Derivada do Latim violentia, essa palavra representa uma série de atitudes ou falas agressivas que podem resultar em acidentes, traumas psicológicos ou morte. Além disso, ela também pode significar uma violação de direitos, sejam eles civis, sociais, econômicos, culturais e políticos. Até aí, talvez não seja novidade para ninguém. A questão é que, dependendo da forma como essa problemática se apresenta, tende a ser muito comum lançarmos mão de pensamentos defensivos que nos colocam distantes da situação problema. “Foi o outro, não eu”. E, sim, muitas vezes foi o outro, também. Mas, o convite aqui será para que façamos um reconhecimento do violento que habita todos nós e o quanto que tal brutalidade tende a passar despercebida por estar apoiada não apenas na cultura, mas também na forma como cada um se desenvolveu.

Para exemplificar essa questão podemos pegar um tópico que vem se destacando bastante nos dias de hoje: a violência de gênero. Muito tem se discutido sobre esse tema, principalmente porque, mesmo depois de tantas mudanças na sociedade brasileira, ainda somos constantemente surpreendidos por notícias que denunciam episódios de crueldade, ofensas, desqualificação, entre outros, que provocam danos ao corpo, à mente e à moral de muitas pessoas. Isso muito por conta da representação que certos grupos têm dentro da comunidade. Nesse caso, reconhecidamente, os mais atingidos são os de mulheres e os de pessoas LGBTQIA+. E, a predominância do chamado machismo estrutural, tem tudo a ver com esse cenário.

De forma geral, a maioria das pessoas entende que machista é aquele sujeito que expressa opiniões e atitudes que favorecem os homens, em desvantagem das mulheres. Contudo, quando falamos de algo estrutural, caminhamos para uma espécie de filosofia patriarcal antiga que idealiza um determinado padrão masculino e desqualifica todo e qualquer perfil que difere desse modelo. Vai muito além de homens e mulheres, biologicamente falando. A grosso modo, esse entendimento defende que existe um tipo certo de retrato familiar, de orientação sexual e de jeito de se comportar. Quem nasceu com genitália masculina, faz assim, e é provedor. Quem nasceu com genitália feminina, faz assado, e já aproveita pra ficar na cozinha! Indo direto ao ponto, podemos dizer que esse machismo enraizado é contrário a idéia de diversidade, onde se reconhece múltiplas formas de ser, que pedem respeito. Mas, é justamente pela dificuldade de aceitação sobre as diferentes personalidades que existem e, sobretudo pela forma ofensiva e desumana que muitas vezes elas são tratadas, que foi necessário a criação de leis. Códigos que protegem, principalmente em casos mais extremos.

  • Tá, mas o que isso tem a ver com a agressividade que existe em mim?

Tem a ver que nem sempre a barbárie é tão evidente. Muitas vezes, ela é discreta e se apresenta de forma muito natural, em tons de piadas, brincadeiras, tradições, etc. Quantos de nós já não falamos ou ouvimos de pessoas próximas e queridas, frases como: “mulher no volante, perigo constante”, “é mulher e não sabe cozinhar?”, “qual dos dois é a mulher da relação?”, “essa daí é mulher fácil!”, “e ai cara, está de babá dos teus filhos hoje?”, mulher que não tem filhos, não é mulher”, “isso é coisa de mulherzinha”, “meu filho não vai andar com aquele viadinho”, “essa daí virou lésbica porque não conheceu um homem de verdade”. Essas e outras expressões ditas de forma perigosamente espontânea, bem como algumas ações, têm um potencial enorme de ferir profundamente o outro.

  • Tá, e por que a gente faz isso? Somos pessoas ruins?

Não necessariamente. E, na maioria das vezes, não somos. O que acontece é que uma parte nossa tem uma dificuldade enorme de aceitar tudo aquilo que é diferente. Alguns em maior, outros em menor grau. A intensidade vai depender da história de vida de cada um. Assim como a ideologia patriarcal, uma parte muito profunda do ser humano busca o tempo todo uma forma de manter o controle sobre as coisas. Sobre as emoções, sobre o comportamento, sobre relações e assim por diante. Por quê? Porque é difícil lidar com algo que não dominamos e isso acaba mostrando que a gente não sabe tudo, não pode tudo e não tem tudo. Ou seja, escancara o nosso limite de poder no mundo. E, nem sempre é fácil admitir isso, pois causa muita insegurança. Dessa forma, tentamos nos proteger negando ou atacando qualquer coisa que nos tire dessa ilusão de sermos seres superiores. Deste modo, o que poderia desafiar mais a ideia que temos de nós mesmos do que uma outra pessoa com suas particularidades, tão diferentes das nossas?

Então, nesse ponto, essa sensação de vulnerabilidade acaba buscando apoio em convicções como a do machismo estrutural, que ajuda a disfarçar os seus medos. Como um bichinho assustado, ela – a insegurança – se agarra a tais pensamentos como se eles fossem um escudo e parte para cima daqueles que ameaçam a sua armadura protetora, a fantasia de perfeição. Mas, acaba esquecendo que quando falamos de algo idealizado, falamos de algo inatingível. Então, o melhor é cada um viver sua verdade em benefício de si e do outro. Refletir sobre suas crenças, atitudes e tentar abandonar velhas formas de pensar e agir. Quem sabe ver no vizinho uma estrada para explorar novos lugares e ampliar os horizontes mentais.

Entenda melhor algumas expressões usadas atualmente nos debates sobre gênero:

Feminismo: busca pela igualdade de direitos e deveres entre os gêneros

Machismo: enaltecimento do sexo masculino sobre o feminino, que se opõe a igualdade de direito entre os gêneros

Femismo: contrário de machismo, enaltecimento do sexo feminino sobre o masculino, que se opõe a igualdade de direito entre os gêneros

Gaslighting: manipulação psicológica na qual o agressor faz a vítima questionar sua própria inteligência, memória ou sanidade. “Você está louca”, “você está exagerando”, “você está mentindo” são exemplos de gaslighting.

Mansplaining: atitude de um homem que tenta explicar algo a uma mulher subestimando a sua inteligência.

Manterrupting: é um termo que une as palavras man (homem) e interrupting (interrompendo). Indica a interrupção desnecessária de falas de mulheres, por um homem.

Bropriating: significa a apropriação indevida de uma ideia ou argumento de uma mulher, feita por um homem, que leva o crédito no lugar dela.

Violência de gênero: Originada do preconceito e da desigualdade entre homens e mulheres, refere-se a agressão física, psicológica, sexual ou simbólica contra alguém em situação de vulnerabilidade devido a sua identidade de gênero.

Sororidade: União das mulheres para lutar por seus direitos e que tem como um de seus objetivos questionar a naturalização da ideia de que haveria uma rivalidade feminina.

Patriarcado: É um sistema sociopolítico onde os homens são postos no lugar do poder, ou seja, o poder é pertencente aos homens. Vemos essa lógica manifestar-se com maior facilidade na política, casos de chefia dentro das empresas, na lógica familiar onde o pai mantém autoridade sobre a mulher e os filhos.

Objetificação: Termo utilizado para nomear quando um indivíduo é visto a nível de objeto/mercadoria, ou seja, sua aparência é o que importa, e não os aspectos subjetivos do sujeito, tais como sua personalidade, seu emocional, e dignidade.

Desenvolvido pelas psicólogas:

Bianca Beloqui- CRP 07/26874

Bruna Rabello de Moraes- CRP 07/26117

Kamyla Peixoto- CRP 07/27039

Laura C. Dentzien Dias- CRP 07/18454

Taciana Cimirro– CRP 07/15242

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