Desafios do distanciamento social: Mais ansiedade? Mais tristeza? O conteúdo de hoje é voltado para as mães de crianças pequenas, mas as mães de crianças mais velhas e adolescentes também podem se identificar, durante esse período de pandemia.
Temos reparado que, com o isolamento, as crianças pequenas parecem estar sofrendo mais ou estão mais confusas e atrapalhadas. Com o passar do tempo em isolamento as pessoas estão tratando de se habituar e as crianças também.
Vamos falar sobre os desafios do distanciamento social
Mas a primeira pergunta que fica, é: vocês percebem que seus filhos pequenos tiveram mais dificuldade que as outras pessoas da casa, durante esse momento de isolamento?
Quando falamos em crianças pequenas, queremos dizer crianças de 3 até uns 6 anos, mas também podemos estender nossa fala para crianças de 6 a 9 anos nesse momento de isolamento.
As crianças pequenas vão entendendo e absorvendo as coisas do mundo, diante daquilo que elas ouvem, do que sentem e do que experimentam. E às vezes ouvimos de alguns pais que seus filhos são muito mentirosos nessa idade e eles, claro, se preocupam com esse comportamento. Aqui arriscamos dizer que não se trata de nenhum comportamento mal intencionado, mas acontece que as crianças misturam fantasia e realidade e acabam testando suas teorias, invencionices, e histórias…
Com isso, o ponto que queremos chegar é de que as crianças estão se apropriando da realidade desse nosso mundo objetal, mas lidando do seu jeito: com recursos da fantasia.
Ao mesmo tempo em que são seres da fantasia, entendem tudo o que acontece como realidade, como verdade concreta.
Então quando se fala para as crianças que o Coronavírus é um monstro, elas são capazes de fantasiar e criar histórias com o vírus, mas para elas ele é um monstro de verdade.
Ao mesmo tempo, não falar do vírus ou ter receio de falar perto da criança, pode causar nela a impressão de que é algo muitíssimo mais grave ou muito mais ameaçador do que ela, como criança, poderia suportar saber.
Então é natural que as crianças estejam mais amedrontadas para saírem de casa, mais receosas se os pais saem… enfim. Aqui a gente aproveita o recurso de linguagem da ludicidade, que é própria das crianças, para falar sobre diferentes assuntos. Afinal, para elas é importante falarem sobre os medos, sobre o vírus, desenhar o vírus como esse monstro que cada uma delas criou na sua cabeça, e colocarem para fora.
Às vezes elas até podem se desenhar derrotando o monstro, ou criando histórias e enredos de batalha contra esse inimigo… Enfim, é interessante usar os recursos delas para que elas possam elaborar seus dramas e expor seus sentimentos.
No entanto, não só o medo, mas alguns pais também relatam comportamento de maior ansiedade, agressividade, tristeza… Sabem, esse não é o momento de exigir das crianças que se comportem como se estivessem vivendo suas vidas de forma natural.
Será que você observa que seus filhos tiveram alguma regressão? Voltaram a dormir nas camas de vocês? Estão fazendo xixi na cama? Ou voltaram a falar como crianças menores ou bebês? Desaprenderam a tomar banho sozinhas ou a se vestir sozinhas? Começaram a ficar mais brabas, briguentas e agressivas?
Se pensarmos bem, nos damos conta que estando sempre dentro de casa e na presença constante dos pais ou cuidadores, talvez as crianças tenham se sentido com a necessidade de “pararem”, por assim dizer, o crescimento e esse caminho em direção à autonomia e regridem para ocuparem um lugar de bebês ou crianças menores.
Não é por maldade, mas elas não sabem fazer diferente disso.
Para as crianças é fundamental dividir os espaços, circularem pelo mundo e até poderem dividir e diluir nesses outros espaços tudo o que sentem.
Um exemplo é a agressividade. A gente não nasce com a agressividade bem orientada e direcionada, é quando a gente se depara com os limites. Mas, com o passar do tempo, a gente vai se organizando nesse sentido.
A agressividade da criança, que antes era experimentada um pouco em cada lugar, na escola, com os amigos, com vizinhos, com a família… Agora fica toda destinada aos pais, nesse momento de isolamento.
E quando a criança é filho único a gente pode observar tudo isso com mais clareza. Mas quando as crianças têm irmãos, talvez isso ajude a diluir todos esses afetos com os irmãos, e é possível que vocês estejam presenciando cenas mais amorosas ou de mais brigas entre eles.
Como lidar com os diferentes comportamentos durante o isolamento?
Se algum destes pontos que acabamos de citar estiver acontecendo com os filhos de vocês, talvez seja importante se fazer uma pergunta que nos ajuda a esclarecer o que está se passando: “Esses comportamentos começaram depois do isolamento?”
Se sim, ok… talvez tenhamos que ter um pouco de paciência, e buscar favorecer os encontros virtuais das crianças com os amigos, família, enfim, proporcionar um espaço de brincadeira com essas coisas que muitas vezes os pais não gostam porque suja, como massinha, argila, tinta, mas que são ótimos recursos para expressão e elaboração das ansiedades e agressividade.
No entanto, se isso já acontecia antes do isolamento, talvez seja bem importante buscar ajuda e avaliação de um profissional.
E aqui na InsightOn nós somos multi clinicas, ou seja, você pode contar com nossos especialistas de diferentes áreas, para te auxiliar durante esse momento:
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*Conteúdo inspirado em áudio enviado no grupo “Mães em Tempos de Crise”, pela psicóloga da Clínica InsightOn, Linda Herrera, 07/19042.
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