Existe mãe má?

A maternidade às vezes parece um conto de fadas, noutras um pesadelo. Cada mãe tem uma experiência diferente e também várias experiências em um curto espaço de tempo.

E esse é o tema do conteúdo de hoje aqui no blog. Falando em pesadelo, será que existe mãe má?

A maternidade não é um conto de fadas

Apesar de frequentemente associarmos a figura da “má-drasta” a algo ruim, muitas vezes mesmo que em tom de brincadeira, mãe má é praticamente algo impensável.  

Mas relatos de muitas pacientes nos fazem refletir, assim como de mães, colegas e tantas outras mulheres por aí. Tem a ver com a relação que cada uma de nós tem com nossas mães e de como cada uma de nós nos sentimos enquanto mãe. 

Primeiro de tudo, talvez a gente tenha que concordar que existe sim mãe má, e existe porque existem pessoas más, pessoas perversas, com esse caráter sem escrúpulos e sem sentimentos. 

E existem pessoas que se sentem más. E são essas que nos interessam aqui. 

Porque é a partir dos relatos dessas pessoas, mais especificamente de mulheres/mães que surgiu esse debate aqui.

Expectativas, realidade e frustrações

Hoje, genericamente falando, as mulheres estão mais livres na condição da fala. Na condição de expressar as dúvidas, as tristezas e frustrações. Sobretudo as frustrações. 

É importante falarmos sobre isso porque diferente da ideia que se fazia e às vezes ainda se faz, da mãe imaculada, puro amor, pacienciosa, etcétera, etcétera, essa mulher não existe! 

Essa mãe tão perfeita é uma construção social que acaba por obrigar a mulher a (tentar) ser esse tipo de mãe. 

Obviamente isso cai por terra quando a mãe percebe que o filho tão desejado e esperado não corresponde à expectativa, porque ele faz birra, suja, dá trabalho, solicita a todo instante, ou seja, frustra… Daí vem algo muito importante e que é preciso considerar: assim como existe mãe má, porque existe gente má, e mãe é gente.

Também existem as pessoas “ditas normais”. E nós temos nossas ambivalências. Às vezes a gente quer e às vezes não. Às vezes a gente deseja algo e ao mesmo tempo quer se ver livre dessa mesma coisa. 

Vou arriscar dizer que toda mãe já teve “vontade de jogar o filho pela janela” quando ele tá passando dos limites e fazendo a mãe arrancar os cabelos, e ao mesmo tempo, é óbvio que a mãe não vai fazer isso, porque acima de tudo é sua cria e tem também muito amor. 

Por outro lado, uma mãe má não só pensaria em jogar o filho pela janela. Ela seria capaz de planejar, executar e encobrir o crime depois. 

O grande problema é que todas as outras mães, as que sentem más por terem sentimentos de raiva pelos filhos, se sentem culpadas. Mas justamente porque não são más, são gente. 

O problema da culpa

Dito isso, é importante falar sobre o problema da culpa.

Na experiência de escuta clínica de mulheres – e também na vida -, é facilmente notável o grande problema da culpa. Um problema que, na verdade, não ajuda em nada.

A culpa não ajuda a ser uma mãe melhor, mulher melhor, pessoa melhor. Até pelo contrário, pode só atrapalhar.

E atrapalha porque, sem pensar, saímos fazendo coisas para nos desculpar com nosso filho cheias de culpa e responsabilidades, ofertando então o que ele precisa e o que não precisa, e tudo como forma de expiar as culpas.

A gente tem que cuidar com excesso da moralidade. Claro que a moral, as regras e limites sociais são imprescindíveis e nos organizam enquanto sociedade. Mas o excesso disso, do “tenho que ser boa”, “me sinto culpada porque não fui suficiente”, “tenho que ser mãe porque é  o certo”, “toda mulher tem que ser mãe, né?” Não, não “TEM QUE”… Quanto mais a mulher estiver livre para ser o que deseja, muito melhor será consigo e com os outros, inclusive com os filhos. 

Como a gente faz para se sentir menos culpada?  

Quando a gente pensa, pesa, analisa, reflete, vai em busca daquilo que é do desejo e das possibilidades.

E lidar com o excesso de culpa pode ser um desafio e uma dificuldade, principalmente para as mulheres, que lidam com muitas cobranças – incluindo a autocobrança – diariamente.

Para isso, falar com um psicólogo online pode ajudar a aliviar os problemas e até mesmo os conflitos que esse excesso de culpa pode causar. E aqui na Insight On, Clínica de Psicologia e Multiespecialidades localizada em Porto Alegre, você conta com uma equipe especializada para proporcionar a você uma escuta respeitosa e acolhedora.

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*Conteúdo inspirado em áudio enviado no grupo “Mães em Tempos de Crise”, pela psicóloga da Clínica InsightOn, Linda Herrera, 07/19042.

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