O aleitamento materno, além de proteger bebês e crianças pequenas de doenças perigosas, é um momento que cria laços entre a mãe e o bebê.
Hoje vamos conversar um pouco sobre aleitamento materno e suas noções básicas, considerando a fonoaudiologia.
Amamentar parece ser algo simples, mas muitas coisas estão envolvidas para que esse processo seja vivido da melhor forma para a mãe e seu bebê.
A fonoaudiologia e a amamentação
Entre as áreas do conhecimento envolvidas nesse importante processo de amamentação, estão os fonoaudiólogos, que podem contribuir com as primeiras orientações e outras ajudas necessárias.
A fonoaudiologia pensa a amamentação como fonte de nutrição, de estabelecimento de vínculo entre a mãe e seu bebê, como um estímulo precioso para o desenvolvimento das estruturas e suas funções envolvidas nesse ato.
Inclusive, como a fonoaudiologia está ligada à comunicação, faz todo sentido esse “casamento”. Afinal, a amamentação é também uma das primeiras formas de comunicação entre a dupla mãe e recém nascido.
O mamá e o desenvolvido do bebê
Pensando nas estruturas orofaciais, além de todos os benefícios para saúde da mãe e do bebê, o aleitamento materno ainda vai além desse cuidado, carinho e proteção. Estamos falando de desenvolvimento!
Enquanto o bebê mama, quando faz uma “pega correta”, ele trabalha as estruturas desde sucção, deglutição e a respiração – ele respira pelo nariz enquanto mama, o crescimento harmônico da face.
E todo esse processo vai refletir lá no futuro, na aquisição da fala. Pois quando não há um desenvolvimento adequado dessas estruturas existe ligação direta com os eventuais problemas de fala, na arcada dentária e de mastigação.
E quando não é possível amamentar?
O seio materno é mais adequado do que qualquer outro bico de mamadeira, de chupeta, mesmo que ele seja ortodôntico. Nenhum substitui a eficiência do bico do seio materno.
Mas, apesar de muito importante esse momento de amamentação, e que entendemos vai além de conexão e proteção, muitas mães não conseguem amamentar.
O que fazer nesse caso? Mães que não conseguem ou não querem amamentar, vão prejudicar a relação com seu bebe e o desenvolvimento dele?
Nesse processo, a primeira coisa que precisa existir é o desejo da mãe em amamentar. A decisão precisa ser dela. Não é errado e nem deve ser julgado, caso esse não seja um desejo materno. É preciso respeitar!
E nos casos de impossibilidade de amamentar, sempre existirão alternativas e é pra isso que existe uma equipe multidisciplinar competente para encontrar, junto com a família, a melhor solução.
O fonoaudiólogo no processo de aleitamento
É nesse processo de encontrar alternativas e também desde o início do aleitamento, que o fonoaudiólogo pode identificar alguma dificuldade nesse processo, como um frênulo de língua curta ou a necessidade de adequar a técnica. Qualquer coisa que atrapalhe a eficiência do bebê na mamada.
A responsabilidade dessa equipe de especialistas, como profissionais da saúde, é entregar a orientação mais adequada, as informações sobre benefícios e possíveis problemas e sempre esclarecendo todas as dúvidas.
Mesmo que nem sempre o que os especialistas acreditam seja o melhor para algumas mães, é também neste caso que entram os maiores desafios de um trabalho humanizado: respeitar a individualidade e encontrar alternativas que beneficiem mãe e bebê.
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*Conteúdo inspirado em áudio enviado no grupo “Mães em Tempos de Crise”, pela fonoaudióloga Cássia Taiana Cavalheiro dos Anjos, CRF 7-9276.
