A divisão e a não divisão de tarefas domésticas é um assunto muito importante, principalmente quando falamos de sobrecarga emocional da mulher.
Você já deve ter ouvido a frase “a união faz a força”, e ela também vale para esse assunto. Afinal, as mulheres precisam de ajuda e as tarefas de casa são compromisso de todos.
O papel da mãe e do pai
Acredito que, em algum momento, você já ouviu falar que “as mães educam e os pais ficam com a parte divertida”, não é mesmo?
O pior é que, infelizmente, essa frase é vivida ao pé da letra por muitas famílias. Mas na prática, não é assim que deve ser.
O papel do pai
Vamos falar um pouco sobre o papel do pai.
O pai não é para ser aquela pessoa que te substitui nos compromissos quando você não pode assumir, por exemplo: levar/buscar da escola, ir nas reuniões e médicos, ou então aquele que dá bronca na criança quando você já está exausta e precisa que alguém tenha a voz mais alta como se fosse o decreto final.
O pai é e deve ser aquele que compartilha da vida rotineira, dos cuidados, da escolha de estilo de criação, e claro que também das brincadeiras e momentos de diversão.
Iniciamos esse conteúdo falando sobre o papel do pai, pois infelizmente é comum que as mulheres assumam mais funções na vida do filho. Porém, se esse acúmulo de funções não é algo conversado e combinado entre o casal, e sim algo implícito nas entrelinhas, você sabe o que acontece?
O resultado é uma mãe sobrecarga, que desencadeia cansaço, estresse, envelhecimento acelerado, baixa autoestima, entre várias outras consequências.
Mas os resultados também impactam na vida do casal: forte estresse na relação, um passa a admirar menos um ao outro, pois o que precisa ser dito não é feito, e se engole diversas pequenas situações que gostaríamos que o parceiro tivesse compartilhado, e que não foi feito, mas também não foi sinalizado.
Com isso a relação se desgasta, se distancia, acaba tendo outras discussões, o que acaba desencadeando um afastamento cada vez maior e, muitas vezes, a separação – ou então uma relação acomodada, onde você está incomodada.
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A importância do diálogo
Entendido isso, entra um pilar fundamental na relação de todo o casal: o diálogo.
O diálogo constante é necessário. É importante que existam combinações, trocas de ideias do que pensam e desejam sobre a criação dos filhos, como vão fazer as divisões da casa, das broncas e da diversão.
Claro que essas combinações não precisam ser leis, mas sim norteadores para o dia a dia, e as exceções são tratadas quando surgirem as necessidades.
E essas questões servem para você, seja casada ou também separada. Aliás, especialmente se você se separou, é extremamente importante que consiga ter diálogos, por mais difícil que seja, pois é mais comum ainda ter essa sobrecarga para a mãe e o pai ser apenas aquele que pega para passear em alguns momentos.
O pai deve ser e se fazer presente, e não apenas “ser pai quando dá”, ou seja, alguém que vê algumas horas na semana e leva no shopping passear.
Dicas para evitar a sobrecarga (divisão de tarefas ON!)
No texto de hoje optamos por frisar a comunicação como a principal ferramenta para evitar esse cenário de sobrecarga materna.
Mas é importante saber que falar por falar também não resolve. Por isso, vamos deixar aqui algumas dicas para te ajudar nesse processo:
- Use a fala de forma clara e objetiva;
- Aprenda a delegar (sabemos que nem sempre é fácil, às vezes a gente prefere fazer por achar que faz melhor e mais rápido);
- Sugira ideias e formas de organização;
- Além da conversa e divisão de tarefas com o pai, também chame e envolva a criança.
Lembre-se que os pais servem de exemplo para os filhos, então faça isso também pensando no exemplo que está dando para o seu filho, tanto na relação dos pais, sejam casados ou separados, assim como o dever de todos de se envolver e responsabilizar por suas coisas e rotina.
Está sobrecarregada? Procure ajuda!
É sempre importante lembrar que você é um ser humano e não uma máquina.
Então não se cobre e nem aceite esse lugar que criaram de mulher maravilha que tudo faz pois, na verdade, o resultado dessa sobrecarga não é nada saudável para você, e se não é para você, também não vai ser para o seu filho e para a sua relação familiar.
Portanto, se você se cobra muito, se sente constantemente sobrecarregada, fica triste quando não dá conta de tudo, está mais estressada e exausta do que o normal, saiba que esses podem ser sinais de procurar ajuda.
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*Conteúdo inspirado em áudio enviado no grupo “Mães em Tempos de Crise”
Psicóloga Bianca Beloqui, CRP 07/26874
