A transição escolar na educação infantil para o ensino fundamental é uma fase muito marcante para as crianças. Afinal, são muitas novidades.
E, nesse processo, é importante que a escola e a família estejam alinhadas para que tudo aconteça da forma mais natural possível.
Mas sabemos, como especialistas, que a importância de realizar bem essa passagem pode nem sempre ser levada em consideração. No entanto, se isso não for bem feito os efeitos podem aparecer lá adiante e permanecer durante os anos escolares.
As mudanças no processo de transição escolar
Uma coisa é fato: no processo de transição da educação infantil para o ensino fundamental existem muitas mudanças que são enfrentadas pelos pequenos.
Algumas crianças enfrentam mais mudanças, além do que o novo patamar escolar exige, porque algumas trocam de escola e, com isso, pode haver mudanças na logística da família, os horários, a rotina no geral, tornando assim um período de grandes desafios para os pais e para elas.
A mudança mais concreta que acontece é que no primeiro ano a criança começa a ter uma rotina de alfabetização e passa a ser avaliada constantemente e com uma exigência maior.
Então aquele espaço que antes era muito mais lúdico e livre, passa a ser menor e a dar lugar para atividades mais dirigidas e voltadas para a alfabetização. Visualmente isso fica bem claro quando pensamos na mochila que a criança leva para escola. Antes ela levava carrinhos, bonecas e depois, apesar de poder continuar levando seus brinquedos, vai precisar dividir o espaço com livros e cadernos.
Claro que as brincadeiras ainda vão ter seu espaço e elas seguem sendo essenciais, justamente para que essa transição ocorra de forma gradual e natural para as crianças.
Inclusive essa imagem da mudança da mochila que acabamos de citar é importante pois ela nos ajuda a entender que o papel dos adultos e da escola é justamente esse: propiciar que uma coisa aconteça sem que a outra deixe de acontecer. As brincadeiras continuam, mas passam a revezar a intercalar com outras coisas.
O papel dos pais nesse processo de mudanças
Agora entramos em um ponto importante de todo esse assunto: o que os pais podem fazer para serem colaborativos e suficientes nesse momento?
Existe sim um papel importante na participação do grupo familiar nessa mudança.
Aos poucos as responsabilidades no ambiente escolar vão aumentando e se as crianças não tiverem apoio no ambiente familiar, as coisas podem ficar confusas internamente para elas.
É natural que esse momento também gere uma certa insegurança nos pais porque, afinal de contas, eles também precisam estar prontos para delegar coisas que seus filhos antes eram totalmente dependentes e que talvez agora não sejam mais tanto. E isso nem sempre e nem pra todos é fácil, mas é preciso e é fundamental para o desempenho pra vida escolar dos seus filhos.
Sendo assim, é essencial que a rotina familiar caminhe junto com a escolar. E esse é o momento de estimular a autonomia dos seus filhos.
Mas também é importante estar atento, pois é possível que esse momento gere sentimentos conflitantes para os pequenos e também para os pais em como conduzir tudo isso.
Geralmente o principal confronto é entre a IMATURIDADE X AUTONOMIA. E o que é preciso ter em mente, nesse cenário, é que a alfabetização é um processo único, individual.
Por isso, ao invés de comparar o seu filho com os colegas, estimule cada conquista, e também abra espaço para que ele faça algumas coisas sozinho – sob supervisão, mas que ele faça. Essa sensação de autonomia é importante para a criança!
Também é importante criar um espaço e uma rotina de estudo. Um tempo e um local específico para isso.
E, por fim, entenda que esse é um processo e não cobre exageradamente seu filho. Ele está enfrentando muitas mudanças e vocês, mães e pais, são fundamentais para que elas aconteçam de maneira eficaz.
Precisa de ajuda? Agende uma consulta com um Psicopedagogo
Então, nesse processo de transição escolar as responsabilidades aos poucos também irão crescer: haverá mais lições de casa, além de avaliações e notas.
Sendo assim, é natural que nesse momento os pais se sintam inseguros e tenham dúvidas sobre como seu filho irá lidar com essa situação.
Se esse é o seu caso, falar com um psicopedagogo pode ajudar e facilitar esse momento de transição, para que ele seja o melhor possível em casa, para a família, na escola e também para a criança, de modo geral.
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*Conteúdo inspirado em áudio enviado no grupo “Mães em Tempos de Crise”, pela psicopedagoga Michele Kanan Ruecker.
