Quando falamos sobre “Responsabilidade afetiva”, o que vem na sua cabeça? Esse é um termo que, muitas vezes, não é tão simples de ser entendido, mas muito tem se discutido quando se fala em relacionamentos.
E essa discussão realmente é importante!
Vamos falar sobre responsabilidade afetiva?
Quando a gente fala em afeto, logo nos deparamos com outros termos, como relacionamentos, sentimentos… A responsabilidade afetiva é sobre casais, é sobre o outro. É sobre os acordos e expectativas que a gente tem quando fala dos parceiros, ou até melhor… quando escolhemos um parceiro ou parceira.
Tem uma frase, complexa e ao mesmo tempo muito bonita, que está no livro do Pequeno Príncipe, que é: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.
Bonita e perigosa essa frase!
Muito falamos em “encontrar a nossa metade da laranja”, mas quando dizemos isso, podemos estar cometendo um grande equívoco. Imaginem que se sou alguém buscando minha metade, quer dizer que sou um sujeito pela metade. Certo?
Mas está errado.
Primeiro, antes de tudo, temos que ser inteiros e felizes por inteiro, com nós mesmos.
Claro que temos que entender também que temos nossas faltas, que temos nossos limites e somos incompletos, mas a metade parece ser muito pouco.
O que acontece, por exemplo, se você finalmente encontra sua “metade da laranja” e depois vocês se separam? Acaba ficando meia pessoa pra lá e meia pessoa pra cá? É um desastre!
Então é importante pensar nisso, pois um casal não é composto por 0,5 + 0,5, é composto por 1 + 1. Isso sem contarmos os novos formatos de relacionamentos que talvez sejam de 3, 4 pessoas e por aí vai.
Mas estamos falando muito mais do plano subjetivo e não do concreto, e com isso queremos dizer que é preciso ser 1 relativamente inteiro, para poder se relacionar de forma respeitosa e empática com o outro.
Construindo relações
Cultivar a relação, ser parceiro nos desejos do outro, pensar numa construção de futuro e de como pode se resolver as questões do presente é estar presente com o parceiro e com a relação de vocês.
É o ideal? Parece bonito, mas o mais bonito é quando isso acontece de ambos lados. Quando tu pode ser parceria, mas quando também tem parceria.
Tem pessoas que dizem: “mas eu não faço tal coisa esperando algo em troca…”. Acho que é uma frase verdadeira e mentirosa ao mesmo tempo. Talvez a gente não faça com a intenção de obter do outro exatamente aquilo que a gente ofereceu, mas a troca é fundamental!
Não tem graça nenhuma quando a balança é muito desequilibrada.
Em termos de relacionamentos a gente pode considerar que às vezes é 50 a 50%, mas raramente é… e está bem se às vezes é 40 a 60 ou 60 a 40, algo que possa ir se equilibrando de acordo com as possibilidades de cada um.
O problema é quando a balança é muito desigual, e apenas um lado investe… Apenas um lado se responsabiliza.
Você passa por isso na sua relação? Precisa de auxílio? Falar com uma psicóloga online pode te ajudar!
Tu não te tornas eternamente responsável por quem cativas
Por isso que, apesar de bonita, tem seu lado perigoso na frase do principezinho, em que diz que tu te tornas ETERNAMENTE RESPONSÁVEL por aquilo que cativas.
Será que é como se tivesse que aguentar pra sempre, porque a responsabilidade é tua? Tu és mãe do teu parceiro? Porque quando o relacionamento é assim, talvez ele esteja buscando uma mãe e não uma parceira de vida.
Mas e tu? Tu tava buscando um parceiro de vida, alguém que pegasse junto contigo ou alguém pra carregar e cuidar como um filho? O oposto também pode ser verdadeiro, talvez algumas mulheres, no fundo, estavam somente buscando um colo e carinho de pai.
Os opostos se atraem? Sim, na física, quando falamos de corpos com duas cargas opostas. Quando a gente fala do ser humano, essa máxima pode não ser verdadeira.
No nosso caso, os opostos se repelem, os semelhantes se atraem… Ou as intenções semelhantes se atraem. Se pensarmos em alguém que quer cuidar e alguém que quer ser cuidado, fechou todas!
Difícil essa questão. E é difícil porque a gente acredita que temos pleno controle das nossas escolhas, que elegemos conscientemente e de forma bem pensada… Esse é outro engano.
Sabe aquela frase que “a fulana tem dedo podre”? A fulana não tem dedo podre, mas deve estar fazendo suas escolhas e enxergando o outro através de suas expectativas, ilusões… São escolhas inconscientes.
Busquem parceiros, criem parcerias
Responsabilidade afetiva não é uma missão de fazer o outro feliz o tempo todo. É sobre compreender que ali existe alguém, com sentimentos e expectativas e que devemos entender a nossa responsabilidade e o nosso papel no que causamos ao outro.
É mais sobre honestidade, consideração em relação aos sentimentos alheios e aos nossos próprios e à parceria que tanto buscamos.
Mas é importante dizer que o objetivo aqui não é que vocês saiam quebrando os pratos dentro de casa exigindo que os parceiros SEJAM parceiros, mas que sirva para poderem refletir sobre os espaços de cada um e, sobretudo, dialogar.
Muito se diz que com fulano ou beltrano não tem conversa. Mas você já tentou conversar? Olha que muitas vezes, a gente se surpreende. E, por isso, tentar estimular o diálogo é muito importante em todo e qualquer tipo de relação.
Esperamos que esse conteúdo tenha te ajudado a pensar, refletir e também entender a responsabilidade que temos com o outro e também o papel que exercemos na vida de cada pessoa.
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Até o próximo conteúdo!
*Conteúdo inspirado em áudio enviado no grupo “Mães em Tempos de Crise”, pela psicóloga Linda Betina Herrera, CRP 07/19042.