Vamos falar sobre como lidar com a birra infantil?
Para começar, imagine a seguinte situação: você sai com o seu filho para dar uma passadinha rápida ao supermercado e, de repente, ao passar pela seção de brinquedos ele fica eufórico, querendo levar vários para casa.
Você nega e aí a birra acontece: ele grita, esperneia, joga no chão.
Por vezes, até mesmo antes de termos filhos, nos deparamos com essa cena e julgamos: “meu filho não vai fazer isso”, “se fosse meu filho já tinha apanhado”, entre outros pré-julgamentos.
Mas a verdade é que quando chega a nossa vez, é tudo diferente. E é preciso saber como lidar com a birra infantil, de maneira a “virar o jogo” e fazer com que a criança entenda e não volte a repetir certo tipo de comportamento.
E você, como tem lidado com a birra dos pequenos?
Uma coisa é certa: mais cedo ou mais tarde, você vai passar por isso. E a maneira como você vai contornar essa situação é muito importante.
É por isso que hoje vamos falar sobre o que é, de fato, a birra infantil e como lidar quando ela acontece.
Adolescência do bebê: já ouviu falar?
Antes de falar sobre como lidar com a birra infantil, é preciso entender mais sobre ela.
Sendo assim, é importante entender que existe uma fase na vida da criança pequena chamada “adolescência do bebê”. Geralmente, acontece por volta dos dois anos de idade, podendo acontecer um pouco antes disso e se estender até por volta dos 4.
Essa idade é também conhecida por “Terrible Two”, em função de surgir mais por volta dos dois anos. Ou seja, os terríveis dois anos de idade – e não é à toa que se chama assim.
Quem é pai ou mãe, vai facilmente identificar esse período que, geralmente, é totalmente estressante.
As crianças começam a se opor aos pais, a dizerem os “NÃO’S” para tudo, fazerem o contrário do que é pedido… são comportamentos típicos que retratam a fase da “adolescência do bebê”.
Então, sabe aquelas cenas de crianças se jogando no chão do supermercado, de lojas, ou de qualquer lugar… esperneando porque querem algo, como falamos aqui no início deste conteúdo?
Pois então, isso acontece com a grande maioria das crianças, não é só com o seu filho.
Mas é preciso ter em mente algo muito importante: estamos falando de crianças pequenas, que ainda não se apropriaram de todo um aparato de comunicação e podem, muitas vezes, nem saber discriminar os afetos para poder explicá-los com palavras.
O que queremos dizer com isso é que as birras, podem ser uma tentativa de se comunicar.
Como diferenciar as birras de uma situação real?
As birras fazem parte do desenvolvimento infantil, da construção de identidade e autonomia. Elas geralmente não tem um motivo específico e o choro é curto e demora pouco.
Quando a criança faz birra é quase como se ela estivesse dizendo para mãe e pai: “Eu não sou vocês, tenho meus próprios desejos e quero agir de acordo com minhas vontades”.
Esse momento é importante e é palco para o reconhecimento de si, para a construção dos limites e também para apresentação do mundo e estabelecimento de regras.
Sabemos que nem sempre é possível, mas o ideal é que os pais se mantenham calmos, que não “batam boca” com a criança para ver quem ganha a disputa.
Simplesmente não é uma batalha e não tem disputa. O adulto é sempre o adulto, aquele que conhece e apresenta as leis da cultura.
Se você, como adulto, sabe disso, fica mais fácil falar com tranquilidade com a criança, explicar os limites e até poder dizer: “eu não gosto que tu grite”, “tu não pode te jogar no chão”, “nós vamos conversar quando tu puder parar de gritar e de chorar”.
Poder descer na mesma altura dela e falar de forma tranquila e firme, ajuda e muito neste momento.
Ofereça espaço
Ao mesmo tempo, como é uma fase de construção do próprio eu, é importante oferecer algum espaço para a criança. Então, por exemplo, em dias frios, ela não pode escolher se vai colocar casaco ou não, mas pode escolher alguma das opções que os pais disponibilizam para ela de agasalhos, de preferência não mais que dois.
E, dessa forma, você vai exercitando o diálogo e dando também à criança certa autonomia e responsabilidade de escolha.
No entanto, existem situações que não são birras, mas sofrimento.
Neste caso, é possível reparar que até o choro expresso pela criança é diferente. Se antes, na birra, o choro era vazio e até mesmo com “lágrimas de crocodilo”, como a gente diz popularmente, aqui, nessa situação de sofrimento, o choro é quase inconsolável.
Vamos lembrar que a criança quase não tem recursos de falar, explicar, contestar, então ela chora, e é natural que assim seja.
Ela pode ter se sentido ofendida por alguma injustiça, pode estar presenciando situações difíceis de vida, por exemplo, briga dos pais entre si ou com ela própria – por brigas a gente pode entender violência verbal, física, impaciência, gestos bruscos, ou seja, tudo que estiver muito à flor da pele.
As crianças não têm estrutura psíquica para ambientes assim, repleto de brigas e, por este motivo, reagem. Reagem repetindo o gesto do que entendem do ambiente, ou adoecendo. Muitas vezes, ela pode até ficar bem em casa, mas demonstra todo seu conflito e estresse na escola.
Nessas horas é momento de buscar ajuda, pois pode não ser birra. E um psicólogo online ou presencial pode te ajudar!
Como lidar com a birra infantil – e quando é hora de buscar ajuda?
Não conseguir lidar com as birras dos pequenos é algo que pode acontecer com muitos pais.
A verdade é que, quando essa situação fica frequente, o estresse aumenta para todo mundo no ambiente familiar: pai, mãe, irmãos e a própria criança.
Não vamos esquecer que as crianças estão recém construindo seu repertório de vida e seu psiquismo. A tendência é que se nada for feito durante esse período, os conflitos apenas aumentem e seja mais complicado no futuro, quando falamos de saúde mental.
Por isso, é importante saber que não tem nada de errado em buscar ajuda. Pelo contrário, é um caminho muito benéfico para todo o ambiente familiar.
E uma psicóloga online pode te ajudar, sem que você precise sair do conforto da sua casa!
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Estamos felizes por poder ajudar você e esperamos que esse conteúdo também tenha ajudado. Inclusive, você nos ajuda muito compartilhando com outros pais.
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*Conteúdo inspirado em áudio enviado no grupo “Mães em Tempos de Crise”,
Psicóloga Linda Betina Herrera, CRP 07/19042